domingo, 21 de junho de 2009

Sandra…no País das Maravilhas

Escolher um caminho pode não ser fácil mas, acredito que essa escolha será tão mais vantajosa quanto mais difícil se tornar. Tudo que é fácil perde o sabor, perde a valorização e deixa-nos com a sensação de que mais não somos do que pequenos peões de um jogo que nunca foi nosso! Mas, o difícil é deixar que isso seja perceptível e que faça sentido para quem nunca foi motivado para ser mais do que é sem que tudo lhe caia em cima como partículas de uma chuva que ninguém sabe muito bem de onde vem mas que todos desejam!
Tudo isto de que vos falo nada mais é do que a cultura da Subsídiodependência que tem vindo a crescer nos últimos anos e que a ter em conta o actual cenário não se prevê que decresça! O raciocínio é simples e rápido de elaborar! Ora aqui vai….

1º Premissa – Se posso estar em casa a receber 400 e poucos euros sem trabalhar não tenho grandes motivos para ir trabalhar para uma fabriqueta qualquer (ou coisa do género) e ganhar mais uns 40 ou 50 euritos!!!!
2º Premissa – Só vou aceitar uma oferta de emprego onde não tenha que trabalhar muitas horas e onde o valor do salário deverás compensador para que justifique levantar o rabito todos os dias do sofá e “fazer alguma coisa de útil pela sociedade”!

Conclusão: O que me interessa é receber este subsídio por mais uns bons meses e se possível conseguir alguma actividade paralela (vulgo biscate) onde não tenha que declarar nada às finanças e assim conseguir mais uns trocos!!!!!!

Ora aqui está a brilhante conclusão que muitos dos nossos actuais subsidiados devem alcançar após breves instantes de reflexão! Daí que a primeira pergunta que se ouve com extraordinária frequência por parte dos convocados para uma oferta de emprego seja: “Não sou obrigada a aceitar, pois não? É verdadeiramente extraordinário, ainda não ouviram as condições, ainda nem sabem o nome da empresa mas já querem saber se tudo pode continuar como está, ou seja, fico em casa, vou ao café beber umas bicas e o Estado que me injecte mensalmente na conta a miséria do costume para continuar a minha vidinha! Claro está, que a lei obriga a que não se possa recusar uma oferta de emprego mas tendo em conta que para 1 lugar são convocados vários candidatos o passo seguinte deve ser acender uma velinha à santa padroeira para que o patrão não tenha a triste ideia de a/o escolher!

E assim vamos com a cabeça entre as orelhas (como diz a cantiga) a ver todos os dias as injustiças sociais proliferarem sem conseguirmos travar o monstro que se adivinha ser não mais do que uma espécie de alargamento à síndrome do “Chico esperto” tão característica neste País Marvilhas

3 comentários:

Heidi disse...

Tenho dito!

Sofia Cunha disse...

Sem duvida o tipico pensamento de muitos portugueses, que estao a levar o nosso pais a falência, sempre a arranjar motivos para receber sem qualquer trabalho ou esforço por isso

Bárbara disse...

Onde é que eu assino? =)