Hoje estava eu muito bem a ver o telejornal e vejo a surgir no dito noticiário uma reportagem sobre a estátua do Caramuru de que falei em um texto anterior! O choque foi total quando vejo duas senhoras de meia idade a dizerem entre sorrisos (muito maliciosos) que a parte que apreciavam mais na dita estátua era a parte "do rabinho". Sim, eu sei que aquilo tem umas formas um tanto ao quanto exageradas mas daí a dizerem aquilo vai uma grande diferença! A minha pergunta é: será que naquela altura não estava a passar ninguém pela praça com um ar mais "normal"??????? Aposto que das várias pessoas que entrevistaram alguma deve ter feito um comentário mais interessante e perspicaz do que aquele (o que não era difícil tendo em conta o calibre do comentário). Mas para o reporter talvez aquele tenha sido demonstrativo do espírito e da passividade com que o povo desta santa terrinha engole tudo aquilo que lhes metem à frente!
Na mesma reportagem vi também o nosso "ilustre" Presidente da Câmara que dizia de boca cheia que achava que a estátua vinha cortar a aridez que a praça tinha.......Ai ai senhor Presidente definitivamente temos interpretações distintas para o conceito de "árido". E já agora gostava de saber o porquê da estátua do ilustre Caramuru merecer a honra de habitar na sala de visitas da cidade (o senhor presidente já experimentou sair do Museu do Traje e olhar em frente?.....são só curvas contra curvas....até parece que chegamos às praias no Brasil) enquanto que o não menos ilustre navegador vianense João Álvares Fagundes vive actualmente no meio de um parque de estacionamento onde tenho a certeza que fica difícil apreciar a beleza de tão importante monumento! Esta dualidade de critérios deixa-me a pensar que como em tudo na vida uns devem ser filhos e outros enteados!
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