domingo, 8 de março de 2009

Em 1984 foi assim...

Hoje calhei de ligar a televisão na Rtp e vi e ouvi pela 1º vez a música que este ano vai representar Portugal no Festival da Eurovisão. Confesso que não me parece que a vocalista tenha uma grande voz mas, no seu todo acho a música interessante.
Ora, como a cabeça de qualquer mulher corre a 1000 à hora lembrei-me de ver que música portuguesa foi ao festival da canção no ano em que nasci, ou seja, 1984. Curiosamente tive uma boa surpresa porque me deparei com um poema lindíssimo e inspirador. A voz que subiu ao palco da eurovisão era feminina (Maria Guinot) e desde logo provou ser uma grande talento musical pois quer a música quer a letra são da sua autoria! Uma mulher que mostra nesta letra, que deixo agora aqui, a profunda sensibilidade da alma feminina e o turbilhão de emoções contraditórias que muitas mulheres têm dentro de si!
Não sou uma entusiasta do Dia da Mulher, mas já que o temos, e fazendo uma ponte entre as duas coisas, aproveito para dedicar este poema a todas as mulheres que ainda nos dias de hoje não conseguem sentir a força da igualdade e a liberdade consequente da não discriminação!
Silêncio e tanta gente
Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro o amor em teu olhar
É uma pedra
Ou um grito
Que nasce em qualquer lugar
Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito
Ou sou uma pedra
De um lugar onde não estou
Às vezes sou também
O tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar
Às vezes sou também
Um sim alegre
Ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão
Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro as palavras por dizer
É uma pedra
Ou um grito
De um amor por acontecer
Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal p'ra onde vou
E esta pedra
E este grito
São a história d'aquilo que sou!

1 comentário:

Heidi disse...

***
gostei tanto

***
um poema bem verdadeiro